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A produção de cordeiros precoces tem se intensificado bastante nos últimos anos. A carne destes animais é valorizada no mercado pela sua alta qualidade e os produtores rurais precisam aprender a manejar o rebanho de forma correta para ter um produto diferenciado. A chave para uma boa produção de cordeiros precoces é a alimentação, que deve conter muita proteína e energia, além de sais minerais que ajudem na conversão de peso. Com a dieta especial, estes animais já podem ser abatidos quando atingem cerca de 35 quilos aos quatro meses de idade e oferecem aos consumidores uma carne com baixa taxa de colesterol.
— Aos quatro meses de idade, os cordeiros de raça de corte já oferecem um peso vivo, com cerca de 35 quilos, e uma carcaça que varia de 13 a 15 quilos que é o que a grande parte do mercado exige: carcaças menores e uma carne de qualidade com menor taxa de colesterol. O principal cuidado do produtor deve ser a alimentação, que deve ter algo em torno de 18% a 20% de proteína e 70% de MDT, ou seja, de energia. Este cordeiro precisa que o alimento seja palatável, de fácil digestão, justamente para aproveitar esta fase inicial da vida em que ele tem uma maior conversão alimentar. Sal mineral é vital também para manter este equilíbrio. É importante que seja fornecido não só para os cordeiros, mas também para as mães — explica o médico veterinário Volnei Silveira Ávila, pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extesão Rural de Santa Catarina).
Volnei recomenda os sistemas intensificados com rodízio de pastagens, que proporciona um menor custo de produção. Ele diz que para o confinamento de animais o produtor teria que ter alternativas de subprodutos que tornassem viável este tipo de produção. O confinamento deve ser curto e durar no máximo 45 dias, mas tem custo de produção mais elevado. Outro cuidado importante que o produtor precisa ter na produção de cordeiros precoces é o aspecto sanitário. O veterinário alerta para a necessidade de vacinas que devem ser tomadas 30 dias antes de os cordeiros serem expostos ao confinamento. A vacinação da clostridiose é a mais importante, mas ele diz que verminoses também se intensificam no confinamento.
— Eu vejo a produção de cordeiros precoces como uma alternativa fundamental para os produtores. Eu acho que a busca de todo o sistema produtivo de ovinos hoje, quando se pensa em produção de carne, é a produção intensificada de cordeiros. É o que o consumidor exige, é o que ele quer para ter na sua mesa: um produto de qualidade. Mas antes de se pensar no processo de terminação de cordeiros o principal foco do produtor tem que ser o tipo de alimentação que ele vai fornecer aos animais. O primeiro passo para este tipo de produção é montar uma infraestrutura adequada de piquetes para manejar os animais adequadamente. O segundo passo é ter a dimensão exata do tipo de pastagem que ele vai usar dentro destes piquetes e, acima de tudo, o produtor deve ter a preocupação de saber que mercado ele quer atingir, onde ele vai colocar estes animais após o abate — ressalta.
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